Movimento considerado extremista acredita que polícia não
pode impedi-los de praticar sua religião
Judeus são presos por tentar sacrificar animais no Monte do
Templo
Faltando poucos dias para a Páscoa, sete ativistas judeus
foram presos em Jerusalém, acusados de planejar o sacrifício de um animal no
Monte do Templo. Todos os envolvidos estavam em casa, mas seu líder, Rafael
Morris, estava em outro local, tendo sido capturado posteriormente.
O porta-voz da polícia explicou haver provas de que os
jovens, ligados ao movimento “Retorno ao Monte do Templo”, queriam fazer o que
seria o primeiro sacrifício pascal no local desde a destruição do Segundo
Templo, no ano 70. O movimento é considerado
extremista pelas autoridades e sua tentativa seria uma “provocação”.
O Monte do Templo é o local mais complicado do Mundo em
questões religiosas. Os ativistas haviam declarado sua intenção de sacrificar
uma cabra na segunda-feira, mesmo sem ter autorização, o que poderia gerar um
conflito com os muçulmanos que guardam o local. O Waqf, autoridade jordaniana
que controla o Monte desde o final da Guerra de 1967 não permite sequer que os
judeus façam orações no local.
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Ainda segundo a Polícia todos os anos ativistas tentam subir
ao Monte do Templo com animais para
sacrificá-los, e geralmente são impedidos. Contudo, o movimento Returno ao
Monte do Templo reclama que eles pediram autorização à Alta Corte de Justiça,
alegando que era seu direito de liberdade religiosa.
Na semana passada, o comandante do distrito de Jerusalém,
Yoram Halevi, anunciou que estavam proibidas todas as tentativas de sacrifícios
de Páscoa na Cidade Velha. Contudo, o Instituto do Templo, outro movimento que
defende a necessidade de se retomar a tradição judaica iniciada na saída do
Egito e relatada no livro de Êxodo, conseguiu permissão para fazer uma
“cerimônia educativa” no pátio da Sinagoga de Hurva, que fica perto do Muro das
Lamentações.
Itamar Ben Gvir, advogado que representa os detidos, lamentou
que seus clientes não puderam realizar o sacrifício: “Israel está perdendo seu
caráter democrático. É lamentável que as pessoas sejam presas só porque desejam
cumprir os mandamentos da religião judaica”.
Em nota, Morris declarou ser “uma pena que o Estado de
Israel esteja agindo com mão de ferro
contra pessoas que só querem renovar um dos mais importantes mandamentos da
Torá”. Disse ainda confiar que “para cada ativista que foi preso, dezenas mais
se levantarão em seu lugar e irão ao Monte do Templo para realizar o sacrifício
pascal”. Com informações Ynet News
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