Lucinda Wilson foi condenada à prisão perpetua, mas não se
arrepende da confissão
Mulher se converte e confessa assassinato
A texana Lucinda Wilson vinha de uma família católica, mas
admite que religião não era algo importante em sua vida. Após ter servido na
marinha americana, ela tentou recomeçar a vida civil, mas uma tragédia
interrompeu seus planos.
Hoje com 48 anos, ela relata como já cumpriu mais de 20 anos
de sentença pelo assassinato de Margaret Morales, namorada de seu ex-noivo. A
ex-soldado Wilson foi condenada à prisão perpétua e só poderá pedir revisão de
pena e condicional após 25 de julho de 2036 – quando ela terá 67 anos.
“Quando eu comparo isso [cadeia] com a eternidade, não
parece realmente ser muito tempo”, disse ela em entrevista recente ao The
Christian Chronicle.
“Acho que eu não merecia uma segunda chance”, desabafa
Lucinda. “Eu só quero tentar fazer o máximo que puder para dar ao Senhor a
glória que Ele merece, porque a vida não se resume a mim, mas o que podemos
fazer por Ele e quantas almas podemos ganhar”.
O que chama mais atenção na história de Lucinda é que ela
poderia estar livre. Em outubro de 1995 ela e dois cúmplices foram detidos pela
polícia, acusados de sequestrar e matar Morales, 25 anos e mãe de dois filhos.
O motivo para a morte foi seu relacionamento amoroso com Sean Cullen, que havia
desmanchado o noivado com Wilson.
Os dois cúmplices foram condenados no primeiro julgamento,
mas não havia provas suficientes contra Lucinda, que passou apenas 90 dias
presa. Nesse período ela recebeu uma Bíblia que passava boa parte de seu dia
lendo. “Eu li três vezes em 90 dias”, lembra a detenta, “Eu realmente estava
buscando a Deus e orando”.
Após ser solta, ela continuou sua busca espiritual. Recebeu
um convite para participar de estudos bíblicos na Igreja de Cristo de Alamo
City. Lá conheceu os pastores John Massie e Mark Forster.
Ela tinha 27 anos e durante 10 semanas participou de todos
os encontros. Pouco tempo depois, aceitou Jesus e decidiu confessar sua
participação no assassinato ao pastor Foster. “Eu entendi que tinha de fazer a
coisa certa se realmente levava a sério a minha nova vida”, lembra Wilson.
O líder religioso explicou a ela: “Se você quer andar certa
com o Senhor… vai ter que se entregar”. Foi o que ela fez após ser batizada.
Procurou a delegacia e se entregou no dia 21 de setembro de 1996. No registro
policial há o registro do motivo pela qual ela estava confessando
voluntariamente. “Sou uma cristã que deseja andar certa diante do meu Deus”.
Levada a um novo julgamento, ela foi condenada à prisão
perpétua em 5 de março de 1997.
Após mais de duas décadas, Lucinda Wilson diz que ainda não
se acostumou com a vida na cadeia, onde a falta de segurança é sempre uma
preocupação. “Há lutas que continuam. Eu ando o tempo todo olhado para os
lados”.
Em meio a tudo isso, conta que se esforça para manter seus
olhos focados em Jesus. Já teve a oportunidade de evangelizar várias presas e
viu algumas delas se converterem. Atualmente ela lidera um grupo de estudos
bíblicos que reúne entre sete e 15 presas toda quinta-feira à tarde.
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